Coaching, mentoria ou aconselhamento?

Mais importante do que o nome desse tipo de trabalho, já bastante conhecido e, às vezes, tão banalizado como panaceia para todo tipo situação, é o que acontece quando nos dispomos realizar essa jornada de desenvolvimento pessoal e profissional. O que realmente acontece em um processo de coaching/mentoria/aconselhamento é a criação de um espaço de diálogo e de trocas no qual somos levados a refletir sobre nossa vida e nossas atitudes. Em uma jornada “sutil”, podemos ampliar a visão sobre nós mesmos, sobre o nosso mundo interno, sobre os modos possíveis de se vivermos e sobre os caminhos para atingirmos aquilo que desejamos. Como base do trabalho, estará sempre a auto-responsabilidade e a nossa própria capacidade de criar e dar significado ao que quer que façamos.

A palavra, “sutil” é muito utilizada pelo professor budista, Padma Samtem. Ele ensina que aquilo que chamamos de realidade é um conjunto de bolhas entre as quais transitamos, exercendo inúmeras identidades; e que criamos, a cada momento, a partir de nossas referências “sutis” (mentais) aquilo que vivenciamos no mundo “grosseiro” (concreto). Então, mesmo que busquemos algo bem concreto e objetivo no processo de coaching/mentoria/aconselhamento, como o desenvolvimento de uma competência profissional, por exemplo, algo acontece em uma esfera invisível, justamente aquela que opera as transformações em nossa vida.

É fato que, em geral, uma meta ou um objetivo está em jogo no processo de coaching/mentoria/aconselhamento. Também buscamos sair do estado atual para atingirmos o estado desejado (e essa é uma das definições mais ampliadas desse tipo de processo). Para isso, utilizamos diversas “ferramentas” e metodologias oriundas dos mais variados campos do saber humano. E, assim, percorremos uma jornada sutil que nos permite encontrar os recursos necessários para seguirmos em direção àquilo que almejamos ou que esperamos ser, mesmo sabendo que, uma vez estando lá, estaremos apenas em um novo ponto de partida para novas oportunidades e outros futuros significativos, que continuarão sendo fruto, única e exclusivamente, de nossa criação.